sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Ji-Paraná pela 2ª vez consecutiva tem o melhor IDEB de Rondônia

A Escola Ruth Rocha foi uma das que alcançou maior índice no IDEB 2015
 Pela segunda vez consecutiva Ji-Paraná alcança a maior média dos 50 municípios rondonienses avaliados no ano de 2015 pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB. Com relação aos índices da Rede Municipal de Ensino, praticamente todas as escolas mantiveram as médias acima das metas projetadas pelo Ministério da Educação – MEC para o ano, sendo que algumas, como a Jandinei Cella e a Ruth Rocha, ultrapassaram a meta projetada para o ano de 2021, com os maiores índices de todas as escolas municipais do Estado. Ao todo, turmas do 5º ano do Ensino Fundamental de 13 escolas da Rede Municipal foram avaliadas.
O IDEB foi criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP visando reunir em um só indicador o fluxo escolar e médias de desempenho nas avaliações. Este indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do próprio Instituto, no caso, a Prova Brasil, aplicada a cada dois anos para o 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio das escolas estaduais.

Medalha de ouro
Desta vez, o destaque de Ji-Paraná na relação de Resultados e Metas disponibilizada pelo MEC no site do INEP foi para a Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Almir Zandonadi, localizada no bairro Novo Horizonte. A unidade escolar saltou de um índice de 5.4 pontos em 2013 para 6.8 em 2015, 1.4 ponto a mais de uma avaliação para outra e 1.2 ponto acima da meta projetada para 2021, que é de 5.6 pontos.
O desempenho da Almir pode ser comparado ao da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Jandinei Cella, localizada no bairro Jardim dos Migrantes, que nas avaliações do IDEB de 2011 e 2013 saltou de 6.0 para 7.5 pontos, ou seja, 1.5 ponto de uma avaliação para outra. Na avaliação que está sendo divulgada, a Jandinei Cella manteve o índice de 7.5 pontos na avaliação do MEC, 1.3 ponto acima da meta projetada para 2021.
O que torna este índice uma conquista excepcional para a Almir Zandonadi, digna de medalha de ouro, é que a escola pertence à uma comunidade muito carente, com uma clientela, em sua maioria, tida como de extrema vulnerabilidade. O Novo Horizonte nasceu de uma invasão em um terreno que antes fora aterro sanitário, o que não permite sequer que os moradores furem poços para obter água. Os resultados da escola no IDEB em anos anteriores foram pífios, saltando de 3.7 pontos em 2007 para 5.4 em 2013.
“O comprometimento da equipe de forma geral e a parceria família/escola foram muito importantes para alcançarmos esse resultado. Trabalhamos com objetivos bem definidos desde 2013, e o mais importante é que foi sempre com a mesma equipe. Creio que a permanência do aluno nove horas por dia dentro da escola seja imprescindível para a aprendizagem. A criança passa a maior parte do dia aprendendo ao invés de estar na rua. Isso muda tudo”, explicou a diretora da Almir Zandonadi, Viviane Teixeira de Andrade.

As melhores do Estado
Ainda de acordo com a avaliação do INEP, duas escolas de Ji-Paraná, a Jandinei Cella e o Centro Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Ruth Rocha, localizada no bairro Nova Brasília, aparecem com os dois maiores índices de todas as escolas municipais de Rondônia, com 7.5 e 7.3 pontos respectivamente.

“Penso que o resultado no IDEB obtido pela Escola Almir Zandonadi seja o reflexo de investimentos que foram feitos na infraestrutura da unidade (prédio e equipamentos), na formação dos gestores e professores, no comprometimento de toda a equipe por querer apresentar bons resultados e principalmente ao atendimento em tempo integral implantado na escola. Isso nos mostra que em algumas comunidades, como é o caso da Almir, a educação de tempo integral se torna imprescindível para o completo desenvolvimento do aluno, para se alcançar uma educação de qualidade. Em bairros muito carentes, a criança não tem outra alternativa, a escola acaba se tornando um espaço muito importante para ela, tanto no sentido acadêmico quanto social”, destacou a secretária de Educação de Ji-Paraná, Leiva Custódio Pereira.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Gerente da Educação Especial fala, em entrevista, sobre o sucesso do Seminário Educação Inclusiva e Diversidade




Na última quinta-feira, dia 1º, o Auditório da Secretaria Municipal de Educação – SEMED foi palco de acalorados discursos e proveitosos debates sobre diversidade e educação inclusiva. A Gerência de Educação Especial da Semed realizou o 2º Seminário Municipal de Educação Inclusiva e Diversidade com a participação de gestores, professores, pais, alunos e comunidade em geral.
De acordo com Maria Cecília Corrêa de Souza, gerente da Gerência de Educação Especial, o Seminário foi um dos melhores que já foram realizados no Município sobre o assunto. Segundo ela, as discussões sobre diversidade, respeito, educação inclusiva, o papel de cada servidor dentro da escola com relação ao aluno com deficiência, as dúvidas de profissionais que trabalham com eles quebraram barreiras, superaram paradigmas e mostrou a face de uma educação que ainda não havia sido vista em outros encontros.
Para falar sobre a visão dela  a respeito do Seminário, fizemos uma entrevista com Maria Cecília, que pontuou os temas mais delicados e importantes tratados no encontro.


Maria Cecília, falando sobre a implementação da Lei 11645/2008, o coordenador dos povos indígenas Heliton Tinhawamba Sebirop S. Gavião, em sua fala no Seminário, mostrou-se preocupado com o projeto de implantação de educação infantil em tribos indígenas. A seu ver, qual seria essa preocupação e ela procede?

R: O que seria bom nisso tudo, na educação infantil nas tribos, seria a troca de cultural entre o professor branco e o aluno índio. O problema, a meu ver e creio que na visão do Heliton, é que não só não ocorra essa troca, como ainda aconteça uma perda de identidade do aluno indígena, até pela posição de autoridade dentro de sala de aula, de forma que ele, o professor, vai acabar impondo, mesmo que inconscientemente, sua cultura, seus valores. Eu ensino o que eu sou, o que eu acredito, afinal.


Você acha que os nossos professores, seja do Município ou do Estado, estão preparados para esse desafio de lecionar em uma tribo indígena sem deixar com que aquilo que ele ensina de uma forma ou de outra venha a interferir na cultura do aluno indígena, sem que haja, mesmo que sem querer, uma imposição da cultura do professor na cultura do índio?

R: Creio que ainda não. Porque a gente precisa aprender a respeitar a cultura do outro, a crença do outro. Porque quando eu vou no meu papel de professor eu coloco os valores que eu acredito. Por exemplo, tem essa discussão em nível nacional sobre a Escola Sem Partido. Se soubéssemos respeitar o outro, a opinião dele, não haveria essa discussão. Não sei se existe o ser humano que consegue educar, transmitir conhecimento sem colocar sua própria visão de mundo, sua experiência de vida.

Falando sobre a importância de como atender a criança com deficiência e com alimentação diferenciada, profissionais atuando há muito em suas áreas confessaram que é uma realidade completamente diferente e eles mesmo estão sentindo essa necessidade de mudar suas atuações. Como a Educação Especial vê essa questão?
R: É importante a gente ouvir o depoimento de outros professionais. Porque como educadores a gente se pergunta: será que é só eu que tenho que mudar minha prática? Por tudo que foi discutido na Mesa Redonda percebemos que outros profissionais como a fonoaudióloga, a psicóloga e a nutricionista também precisaram rever seus conhecimentos, suas práticas, suas formas de atendimento para que pudessem atender bem e dar suporte aos professores, porque eles todos estão trabalhando para ajudar a criança no Centro de Autismo e depois na escola. A nutricionista, por exemplo, já está pensando em um trabalho de conscientização para as escolas voltado para as crianças autistas e outras crianças com necessidades alimentares diferenciadas, porque ela percebeu que as vezes a retirada ou o acréscimo de um tipo específico de alimento pode fazer uma grande diferença para o aluno com deficiência.


Na avaliação do Seminário, os participantes elogiaram muito a Mesa Redonda Superando Obstáculos, que contou com depoimentos de pessoas com deficiência. O que foi tão diferente nessa atividade?

R: Foi uma rara oportunidade de ouvirmos das próprias pessoas com deficiência sobre suas trajetórias de vida. O caminho percorrido desde o tempo de escola até se tornar um profissional. As dificuldades para se encontrar na escola, como o exemplo de uma autista que disse ter tido dificuldade de interagir no ambiente escolar devido à quantidade de pessoas, o barulho. Ela achava a escola muito barulhenta. Ela não achava que era importante, por exemplo, ter que mostrar para o professor que sabia ler. Até hoje ela disse ter muita dificuldade com a matemática, mas assuntos do interesse ela desenvolve bem, no caso, como técnica em enfermagem ela desenvolve bem. Os autistas precisam seguir regras, mas as pessoas costumam quebrar as regras e isso as desregulam, desequilibram.

Com relação às crianças com deficiência, o que é preciso dos profissionais das escolas para que elas sejam bem atendidas?

R: Na Mesa Redonda Atribuições dos Profissionais que Atendem os Alunos com Deficiência nós destacamos a importância do professor que recebe o aluno com deficiência. Esse profissional precisa ter além da formação pedagógica o desejo de ensinar a pessoa com deficiência, já que esse aluno vai acabar exigindo dele uma mudança de prática, um olhar diferenciado e a busca por conhecimento sobre esse aluno e suas necessidades. Porém o professor não é o único responsável pelo sucesso desse aluno. É importante o envolvimento de todos os profissionais da escola para garantir a permanência e a aprendizagem desse aluno. Como dissemos antes, até a pessoa que prepara o alimento dessas crianças tem sua importância destacada no cuidado com o aluno com deficiência.

Professora Maria Cecília, quais são suas considerações finais sobre o Seminário e o que isso acrescentou ao trabalho que já vem sendo desenvolvido pela Secretaria ao longo destes três últimos anos?

R: Só temos a agradecer à secretaria de Educação, professora Leiva Custódio, que tem apoiado grandemente a educação inclusiva em nosso Município, a Superintendência de Ensino que tem destacado esse trabalho a cada ano. Agradecemos também a atuação dos interpretes de libras Flávia Regina Stur e Nágila da Silva Araújo Bandeira, que fizeram a tradução em libras e em voz para os participantes. Alguns sentiram falta de se falar sobre libras no Seminário. Sabemos que a aprendizagem acontece quando existe interesse em aprender. Os participantes puderam ter uma aula prática de libras, porque puderam ouvir e ver a tradução das palestras em língua de sinais. Isso faz com que haja interesse em aprender uma nova língua e o respeito pelas diferenças.
Creio que também o cuidado que tivemos na elaboração dos temas a serem debatidos foi de fundamental importância para o sucesso do encontro. A maioria dos temas foram sugeridos na edição anterior do Seminário, no ano passado, por isso tudo que foi visto era de grande interesse dos participantes.






Confira o Álbum da Semana da Pátria

Momento Cívico da Semana da Pátria na Escola Jovem Gonçalves Vilela

Pit Stop da Semana da Pátria na Avenida Brasil com T-4
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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Semana da Pátria com pit stop e momento cívico em escola rural




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Ontem, quinta-feira, dia 1º, o 2º Batalhão da Polícia Militar em Ji-Paraná recebeu autoridades e alunos de duas escolas, uma da Rede Municipal e outra da Estadual, para a cerimônia de aberturada da Semana da Pátria. O secretário de Governo, Ari Saraiva, em nome do Executivo Municipal, declarou aberta a semana alusiva ao Dia da Independência do Brasil, que culmina com o Desfile de 7 de Setembro, na próxima quarta-feira.
O Coral da Escola Municipal Almir Zandonadi se apresentou cantando a música “Eu te amo meu Brasil”. Na sequência, alunos da Escola Estadual Professora Edilce dos Santos interpretaram uma música sobre o meio ambiente.
Após hastear a Bandeira Nacional, Ari Saraiva elogiou a escolha do tema para o Desfile deste ano: “Não a todo tipo de violência”.
“Momentos como esses trazem conscientização às nossas crianças da importância de cuidarmos de nosso País, de nos orgulharmos de vivermos em um lugar abençoado como o nosso Brasil”, falou o secretário de Governo ao declarar, oficialmente, aberta as comemorações da Semana da Pátria.
A secretária de Educação do Município, Leiva Custódio Pereira, também destacou, em entrevista à imprensa presente à cerimônia, a importância de se trabalhar nas escolas, com os alunos tema tão relevante quanto a sociedade se posicionar contra a violência que assola o País. O deputado estadual Airton Gurgacz também participou da cerimônia e teceu elogios à Secretaria Municipal de Educação pela escolha do tema deste ano.

Programação
A programação da Semana da Pátria seguiu ontem à noite, a partir das 19 horas, no ginásio de esporte Gerivaldo José de Souza, o Gerivaldão, com o já tradicional Festival de Fanfarras; hoje, sexta-feira, a partir das 8 horas, aconteceu um pit stop no cruzamento entre as avenidas Marechal Rondon com a 6 de Maio; amanhã, sábado, no mesmo horário, o pit stop acontece no 2º Distrito, no cruzamento da Avenida Brasil com a T-4; Na segunda e terça-feira acontecem os momentos cívicos nas escolas Jovem Vilela e Ulisses Matosinho, respectivamente; as atividades alusivas à Semana da Pátria culminam com o Desfile de 7 de Setembro, na quarta-feira.
De acordo com a Comissão Organizadora, deverão participar do Desfile deste ano de 30 a 35 entidades. O Desfile será na Avenida Marechal Rondon, sentido 2 de Abril/Centro, com concentração no espaço verde em frente ao Feirão do Produtor e dispersão na Avenida 6 de Maio. O palco será montado na Rua Almirante Barroso, entre o Sicoob e a Farmatesanal. O Desfile está programado para ter início às 8 horas da manhã.